sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Carta 6

G,

Tenho que lhe escrever hoje para te contar algo... estava deitada, mente vazia e me veio você no pensamento.
Talvez pelo fato de que a cama de solteiro sem você junto ficou gigante. Mas enfim, sua imagem surgiu em pensamentos e o coração começou a bater fora do ritmo habitual.
Tentei lembrar o número do seu telefone e percebi que me esqueci. Perdi um certo tempo tentando trazer a memória e nada.
No principio me assustei, como um número que era fixado na minha mente pode desaparecer assim?
Depois fui me acalmando e pensei: será que acontecerá assim com nossas lembranças também? De um dia para o outro, algo que é tão forte dentro de mim vai desaparecer?
Esse vazio que sua ausência deixou ira sumir e eu que me perdi quando você partiu conseguirei me encontrar novamente?
Será que isso é bom? Será que é ruim?
Não sei responder, também não sei se quero uma resposta.
Suspiros, lágrimas, esboço de sorriso, angústia e saudades.
Que sentimento é esse que sobrou dentro de mim em relação você?
Nostalgia?
Será que é saudade de você ou apenas dos momentos que vivemos juntos, da lembrança de ter alguém ao lado, de um beijo quente, um abraço aconchegante, palavras ao pé do ouvido.
Quando o assunto é você todas as minhas certezas caem por terra. A mulher virá menina. A guerreira fica frágil. A corajosa virá covarde.
Hoje a carta é cheia de interrogações, tantas perguntas sem respostas...
Será que você ainda pensa em mim?
Ainda não me acostumei a não compartilhar o meu dia a dia com você e nem de ouvir você reclamando do seu emprego.
Ainda é difícil acreditar que não existe nós.
Que a distância não é mais apenas geográfica, é física, é emocional é de objetivos.
G, de uma coisa ainda tenho certeza, nossos caminhos ainda se cruzaram e eu vou te olhar nos olhos e vou descobrir o que ainda realmente resta de mim em você. Um olhar será o suficiente.
Palavras não se farão necessárias.
Não sei o dia, não sei a hora.
Mas eu espero, afinal antes de você chegar e mesmo sem te conhecer esperei paciente por você e mais cedo ou mais tarde, nem que for pra colocarmos os "pingos nos is" colocaremos um ponto final nessa história e essas cartas não serão mais necessárias.

Com muito carinho

F.
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Domingo tem texto meu sobre INVEJA no MENTES DISCREPANTES, espero vocês lá também.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Final de feriado


Adoro feriados!

Não importa o motivo dele: carnaval, páscoa, tiradentes, etc.

Feriados são dias que esqueço de tudo e me jogo no mundo, meu destino preferido é o Rio de Janeiro.

Nesse carnaval fiz diferente, me dediquei ao ócio improdutivo.

A combinação pra mim foi perfeita: silêncio, minha casa vazia, piscina e uma recém construída sala de cinema.

Celular desligado! Livros para estudar fechados!

Uma vez ou outra o silêncio era quebrado por uma música que eu colocava no rádio.

Um sentimento de paz, corpo descansado, cabeça em ordem.

Nunca a solidão foi tão bem vinda como nesses quatro dias de carnaval.

Silêncio, piscina, as vezes sombra, as vezes sol.

Pra ficar perfeito?? Apenas alguém pra dividir tudo isso.

Mas...

Tudo ao seu tempo.

E como nada dura pra sempre é hora de voltar ao trabalho, ainda bem que a semana já está acabando....rs

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Traição



Quem nunca traiu e/ou foi traído que atire a primeira pedra. Se pararmos pra pensar em algum momento de nossas vidas já passamos por algum episódio de traição, seja no trabalho, nas amizades ou nos relacionamentos amorosos.
De acordo com o Aurélio, a palavra traição vem do latim traditione e significa: 1.Ato ou efeito de trair (se). 2. Crime de quem, perfidamente, entrega, denuncia ou vende alguém ou alguma coisa ao inimigo. 3. Perfídia, deslealdade, aleivosia. 4. Infidelidade no amor.
Teoricamente, traição é tudo isso.
Quem traí não gosta de ser traído.
Mas quem é traído fica acometido de uma dor por baixo do estômago, no lado esquerdo do peito, na palma da mão.
Não há nada pior que ser traído e não importa por quem, nem o motivo, nem muito menos porque razão.É triste e penoso.
Quem traí uma vez, trairá sempre e cada vez mais. Trair pode ser viciante.
É fato.Traição é traição, não importa se a preço de ouro, trocando bananas ou coisas de amantes e desejo desenfreado.
Traição dói, magoa e quebra a confiança que é algo primordial de qualquer relacionamento.
Não importa pra mim se a traição foi um ato carnal e sexual onde apenas o desejo se fazia presente. Não importa pra mim se não se consumou pessoalmente.
Na minha concepção apenas o envolvimento, através de e-mails, mensagens, telefonemas já configura traição.
Não importa que o mundo está ficando moderno.
Eu tenho a visão tradicional sobre fidelidade e não só em relacionamentos. Eu opto por não trair a confiança que meus amigos, meus familiares e amores.
Isso não me deixa isenta que eles tenham a mesma atitude comigo.
Vou com a frase popular: "Não faça com os outros aquilo que não gostaria que fizessem com você".
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Traição foi o tema do Menstes Discrepantes dessa semana.
Quer ver opiniões totalmentes diferentes da minha, clique aqui e confira, te aguardo por lá também.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Zona de Conforto


Você tem um grande sonho???

Eu tenho vários sonhos, uns grandes, outros pequenos, outros que acho impossíveis de serem realizados.... sonhos bobos.... mas todos sonhos.

Alguns sonhos já realizei, outros ainda estou tentando realizar.... talvez alguns nunca deixarão de ser apenas sonhos...

Você já sentiu medo de fazer aquilo que mais quer fazer?

Eu estou com esse problema e isto tem por muitas vezes me afastado do meu sonho.

É tão fácil se deixar levar pelas demandas da vida.
E nós todos às vezes nos refugiamos nas rotinas e em qualquer coisa usual. Mas se estivermos somente passando o tempo – em vez de fazer uma vida -, temos de deixar nosso grande sonho de lado.

As perdas pessoais se amontoam.

Perdemos nosso senso de significado e propósito.

Utilizamos nossas energias improdutivamente.

Se pararmos para pensar, uma zona de conforto deve ser difícil de ser abandonada, afinal, utilizamos tanto tempo construindo-a . Uma zona de conforto é nossa colcha aconchegante de relacionamentos. É o acolchoado das rotinas que nos faz sentir bem. A cerca de segurança do comportamento aceitável. A malha de aço de nossos sucessos e fracassos anteriores.

Nossa zona de conforto cerca por completo nossas vidas em Familiar, fazendo-nos sentir confortáveis. Dentro dela estamos a salvo.

Temos plena certeza de que podemos nos dar bem, ter boa aparência e nos sentirmos felizes ali. Lá fora, bem, quem sabe? Fora da zona de conforto de todos está o grande DESCONHECIDO. É por isso que não queremos ir lá.

Portanto, não há nada de errado com uma zona de conforto. Afinal, ninguém gosta do perigo e incertezas. Ninguém se alista voluntariamente para uma situação de desconforto.

Por outro lado, uma zona de conforto pode também ser uma barreira.

Por que? Porque nosso GRANDE SONHO está sempre fora de nossa zona de conforto. Isso significa que teremos de deixar o que parece confortável para realizar nosso sonho.
(texto inspirado no livro o Doador de Sonhos de Bruce Wilkinson)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Qual a sua reclamação?


Oi, tudo bem?
Se você está lendo esse texto, pelo menos com a sua visão está tudo bem. No máximo você está usando um óculos para auxílio.
Se está entendendo o que estou escrevendo, suas habilidades cognitvas também estão preservadas.
Já comeu hoje??? Conseguiu engolir sem engasgar ou tossir? Ok, muito bem!
Vamos fazer um teste, ajunte um pouco de saliva na boca, agora engula. Tudo bem com você aí do outro lado?
Colocou sua roupa sozinho, tomou o banho de maneira independente.
Parece tão pouco isso e não damos importância, nas pequenas tarefas cotidianas que conseguimos realizar, devido a correria do dia-a-dia
Escovou os dentes? Isso quer dizer que tem uma certa coordenação motora.
Está andando, correndo? Que bom né?
Quantas vezes agradeceu hoje por simplesmente ser capaz de andar?
Há duas semanas além de trabalhar no meu consultório estou atendendo em um hospital especializado em visão.
Os pacientes que atendo tem deficiências múltiplas, ou seja, além da cegueira ou baixa visão, tem outros problemas associados como paralisia cerebral, demência, autismo, síndrome de down, perda auditiva de moderada a severa, psicose ou a maioria disso tudo que eu citei junto.
Muitos com disfagia grave (disfagia é um distúrbio de deglutição), ou seja, engasgam com a própria saliva o que pode levar a uma pneumonia e por seu estado já debilitado de saúde a morte.
Muitos desses pacientes já se alimentam apenas por sonda ou comida pastosa. Líquido apenas com espessante.
Faz duas semanas que agradeço a Deus pelo simples fato de poder ver, de me alimentar, de andar.
Já tinha trabalhado com pacientes especiais, mas agora como estou em um centro de referência, vemos muitas coisas que chegam a chocar.
Faz duas semanas que não me queixo de levantar cedo, da falta de dinheiro, ou dos pequenos contratempos da vida (nem tenho como chama-los de problema).
Então diante desse texto, pergunto a vocês: QUAL A SUA RECLAMAÇÃO HOJE?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Minha relação com o mundo gay

Se me perguntasse há uns dois anos atrás se eu teria amigos gay, diria NÃO com letras maiúsculas.
Meu único contato com um gay assumido era com um tio e mesmo assim esse contato se restringia a encontros familiares.
Sempre tive preconceito, não acho natural e seria hipocrisia minha dizer que é normal, porque se fosse normal seria aceito e reconhecido pela sociedade.
Entretanto, minha relação com o mundo gay mudou no dia que um amigo me contou com muito esforço que ele era gay.




QUER SABER COMO TERMINA ESSE TEXTO????


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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sindrome do Patinho Feio

Olha no espelho e gosto do que vejo.

Abro um sorriso e penso COMO SOU BONITA.

Claro que tem sempre uns pneus que poderiam sumir.

Uma mancha que não deveria estar ali.

Mas estou 80% satisfeita com o que vejo, e os 20% que me deixam insatisfeitas não me atormentam mais.

Uma vitória para quem teve uma adolescência complexada.

Já tive problemas de auto estima.

Sofria da síndrome de patinho feio.

Pois vivia tentando ser do jeito que os outros achavam q eu deveria ser. Olhar no espelho pra mim era tortura.

Depois de muitas terapias, aprendi a gostar de mim e o resto foi consequência, comecei a cuidar do meu jardim. E cuidando dele pra mim (sem pensar nas opiniões alheias) descobri quem realmente sou ... e agora fica fácil as borboletas encontrarem o caminho certo.

Ps1: ganhei inúmeros selinhos no mês de janeiro, mas ando trabalhando como gente grande, assim que tiver um tempo post eles.


Ps2: dia 08 de fevereiro estreia Mentes Discrepantes para saber mais click aqui.